quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Te dedico: Freud, me tira dessa!

What's up, people!? Então, hoje eu vou falar pra vocês sobre o livro "Freud, me tira dessa". O livro conta a história da Catarina (Cat, para os íntimos) que, depois de conseguir um bom emprego, vai pra capital e passa a morar sozinha. Ela tem uma vida legal, se vira entre conseguir uma promoção no emprego, pagar as contas, mas o problema é sua vida amorosa. E, depois de algumas frustrações, confusões e seu recente pé na bunda (ela namorava um colega de trabalho que a trocou por outra funcionária da empresa, que ela esperava que fosse top, capa de revista mas era só uma mulher ‘normal’ e sem sal aos olhos dela), resolve procurar ajuda na psicoterapia. Mas, ela acaba mais enrolada ainda porque se apaixona pelo terapeuta moreno de olhos verdes, Luís. 

“- Então a Catarina sempre dá um jeito de ficar com alguém, mas sem estar de verdade com esse alguém.
Eu não respondia nada, mas me sentia a mulher mais fracassada do mundo. (…)
Não sei quanto tempo fiquei calada. Mas voltei a realidade com a grave voz de Luiz.
- Precisamos encerrar. E para você pensar: escolher uma paixão platônica é mais uma forma de estar com alguém sem se envolver.
Eu me senti petrificada. Por um segundo, imaginei que Luiz tivesse descoberto a paixão secreta que sentia por ele. Não entendia a razão de ele falar aquilo. Será que eu estava com um jeito diferente? Fiquei tão sem graça que quis sair dali correndo. Eu teria uma semana para pensar em como sairia daquela.”

A Cat é desastrada, carente, indecisa, insegura e meio maluca. Não tem como não se identificar com ela. Pois ela passa por algumas situações e sentimentos que, com certeza, muitas de nós já vivemos (quem nunca stalkeou alguém que atire a primeira pedra! rs). E ela é super engraçada. Morre de medo da solidão, vive em crise com a família, tem problemas no emprego, dúvidas sobre o seu presente e futuro.

"Contudo, não era só tristeza: era uma revolta, um sentimento de estar inconformada com a minha realidade. Estar com a vida mais ou menos estava me matando por dentro. Não entendia o que me gerava tanta raiva, mas também não sabia o que me deixaria contente. Será que só ter um namorado me faria feliz?"

E, para ajudá-la a lidar com a paixão pelo terapeuta, o ciúme da irmã caçula perfeitinha que começa a namorar seu ex amor da adolescência, a supervisora chata que pega no seu pé no trabalho, entre outras crise, ela conta, principalmente, com Fabi e a Mônica, suas colegas de trabalho, e com seu irmão que está nos Estados Unidos, Lucas. São eles que estão do lado dela na sua busca por se conhecer e encontrar seu caminho. Ahh, e não posso esquecer de Freud é claro, é nas teorias dele que ela procura ajuda.

"Queria conhecer pessoas, mas, no fim das contas,  queria ter alguém de verdade. Eu vivia uma dicotomia: queria o mundo, viver, me jogar e aproveitar,  mas também queria construir um relacionamento de verdade, ter filhos... Dentro de mim cabiam todos os desejos. Talvez por isso, algumas coisas estavam travadas: eu não tinha certeza do que queria."

"Eu devia estar vivendo como um pessoa normal e querendo arrumar um namorado normal. No entanto, eu gostava dos alvos difíceis e complicados. Sempre. Fechei o livro cuja capa falava algo sobre a História da Psicanálise, com uma foto de Freud na capa.
- Freud, me tira dessa! Foi você quem inventou isso, agora me ajuda! - falava sozinha abraçada ao livro. Eu estava quase me tornando uma devota de Freud."

A Laura Conrado conseguiu através de uma escrita simples e leve, compartilhar os dramas da mulher moderna, a dificuldade de tomar as próprias decisões, do autoconhecimento. Ela faz você rir, chorar, se emocionar, se repensar, e até ter raiva da Cat às vezes. É um livro sério e engraçado, ao mesmo tempo. Faz você refletir, mas também te diverte.
Enfim, comprem o livro já e embarquem nas doideiras da Cat. O livro é quase uma sessão de terapia gente!

“- A gente já conversou sobre a vida ser dinâmica...
- E sobre não termos o controle de nada, de tudo mudar e termos que nos reconstruir! - completei. - Mas admitir que escolhemos errado é dolorido, sabe?
- Talvez você não tenha escolhido errado. Só tenha mudado de ideia conforme o tempo foi passando. E sempre há tempo pra recomeçar!
Fiquei com isso na cabeça e comecei a achar que mudar não fosse tão ruim.”


Nota: 9,5/10  Número de páginas: 239

E aí, alguém já conhecia o livro? Quer indicar algum? Comenta aí!
See you soon!





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